“Não, ele não precisa ter o abdômen do mocinho da novela, Eu não quero que ele
me busque num super potente carro, eu só quero que quando ele me beije, eu não
deseje mais nenhuma força do universo.[…]”
– Sério, até meio gordinho eu sou, assumo.
“[…] Estou pouco me lixando se o restaurante tem várias cifras no guia da Folha, mas
gostaria muito que a gente esquecesse das mesas ao lado e risse a noite toda, eu
até brindaria com água sem bolhinhas.[…]”
– Você deveria ao menos aceitar ir a uma mera sorveteria.
“[…] Sim, a tecnologia é mesmo fantástica, só que hoje eu queria sumir com ele para
um lugar onde não pegue o celular, não pegue a internet, não pegue a televisão,
mas que a gente, em compensação, se pegue muito.[…]”
– Confesso que a internet é muito legal, mp3’s também são, tv nem tanto, mas por
você esqueço até o relógio em casa de propósito.
“[…] Sim, sim, música eletrônica é demais, celebrar a vida com os amigos é genial,
pular bem alto é sensacional. Mas será que a gente não pode colocar um Cartola
bem baixinho na vitrola e dançar sozinhos no escuro, só hoje? Será que a gente
não pode parar de adjetivar o mundo e se sentir um pouco? […]”
– Dançar sozinhos no escuro deve ser demais, assim como andar ao teu lado.
“[…] Eu não dependo dele nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom
andar e ser feliz ao seu lado. Só que estamos com um problema: vai ser um pouco difícil a gente se conhecer porque tenho evitado sair de casa […] “
– Nem precisou a gente se conhecer pessoalmente para eu saber que somos parecidos.
“[…] Voando eu sei que ele não vem, até porque eu jamais namoraria um super-homem: tenho horror a pessoas falsamente infalíveis. […]”
– Estou sendo mega tranparente, gritando para o mundo ouvir.
“[…] Não quero um homem que sempre vence, que sempre impressiona, que sempre salva e sorri impecável em dentes brancos e músculos ressaltados por um colan com as cores da bandeira americana. Você pode ter medo de monstrinhos imaginários e dormir com a porta trancada, pode ficar meio tristinho quando, numa festa cheia de amigos, lembrar que é sozinho no mundo, pode perguntar assustado no meio da noite “aonde você vai” mesmo sabendo que é só um xixi, pode até fazer piada com o seu medo de estar vivo, e pode, inclusive, ficar sério e quieto, de repente, por causa disso também. […]”
– Eu tenho medo do escuro, pode perguntar a quem quiser, se escuto um barulho
estranho me cubro dos pés a cabeça, e fecho os olhos para nada ver.
“[…] Não existe Orkut, não existe Messenger, não existe celular, não existe um supercelular que é máquina fotográfica, Orkut e Messenger ao mesmo tempo. Não existe a balada perfeita com 456 garotas iguais e programadas para te dar um amor levemente inexistente. Não existe esperar que a vida fique mais compacta, mais veloz, mais completa e mais fácil, assim como o computador.[…]”
– É, pior que eu sei, sempre que entro no msn bate um tédio, mas é sempre bom quando você fala comigo, e a gente fala mais do que o tempo nos permite…
“[…] Existe essa coisa simples, antiga e quase esquecida pela possibilidade infinita de se distrair com as mentiras modernas do mundo. Existe o amor, mas onde ele foi parar depois de tudo isso?[…]”
– Está te esperando, pois não existe amor entre dois seres sozinhos. Pois quando há amor, os seres se unem em um só pensamento.
“[…]Eu não tenho um portão para te esperar, como minha avó um dia esperou pelo meu avô e eles ficaram juntos por 70 anos.[…]”
– Como eu disse, ‘eu não quero ser o seu primeiro amor, quero apenas ser o último’. Mesmo que dure 7 décadas, 7 anos, 7 meses, 7 dias…com você não importa o tempo.
Textos em itálico foram retirados de um texto de Tati Bernardi, em ‘não-negrito’, minhas respostas. Espero ter sido divertido..rsrs