café com frio.

Carrego um coração cheio. Cheio como esse céu no mês de julho. Decifrar o humor desses dias é tão difícil quanto adivinhar se vai chover ou não. Tudo muda rápido demais. Não dura sequer o tempo de ser aproveitado. Bom para as coisas ruins, ruim para as coisas boas. O cérebro é como meu armário: se eu não guardasse tanta coisa antiga, talvez desse para organizar mais as coisas novas. Um dia desses eu vou juntar as idéias, esvaziar o coração, cuspir as frases e trazer novidades. O corpo pára, a cabeça voa. De eu tivesse tempo para fazer um terço das coisas que planejo eu não teria tempo para pensar bobagem. Como anda tudo tão corrido, vim correndo para lembrar a você e a mim mesmo que, como já foi dito: eu vou e volto o tempo todo.