Das cinzas.

No choro da criança
A esperança que nasce
A cada novo sorriso
Cai um novo disfarce

 Vou aproveitar cada dia
Aprender a levantar
Reconstruir um império
Com os próprios passos andar

 
Não há angústia que vingue
Ao sentir seu abraço
Desvanece a ciência
Destrói o tempo e o espaço
 
E quando achar que estou fraco
E forem escuros meus dias
Vai estender o teus braços
Vai me erguer das cinzas 
 
Vou renascer das cinzas
 
Aquela velha alegria
Que escorre entre as mãos
Você me trouxe muito mais que a vida
Tesouro que os dias não levarão

Não há angústia que vingue
Ao sentir seu abraço
Desvanece a ciência
Destrói o tempo e o espaço
 
E quando achar que estou fraco
E forem escuros meus dias
Vai estender o teus braços
Vai me erguer das cinzas 
 
Vou renascer das cinzas

boreal.

eu vou pensando que meus tocam o chão
Que meu coração não tá cansado de andar
vou me iludindo em versos sobre um amor qualquer
Qualquer coisa que possa ludibriar meu pensar

não me impressiona mais a estudidez
Nem o estupor disfarçado de amor
não me impressiona mais dar alguns passos pra trás
demora, mas a tempestade um dia chega ao cais

E quando ela chegar seja meu porto
permita que eu atraque minha vida em ti
permita que minha voz ecoe em seu vazio
que somemos nossos versos e deixemos de caminhar sozinhos

A noite o vento sussura pelos cantos
cantam prosas, sopram versos, perplexos
você, disfusa, confusa se polariza em meio a água
olhar espectral, multicanal,
me leve aonde o céu se rende ao mar

E no horizonte em que eles se tocarem seja o sol que vai nascer
seja a mudança que em meus dias há de chegar
e como um raio, me acertes em cheio
para que eu, antes tão vazio
contigo viva, e morra, sem sentir receio